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Dante e a Noite das Sombras Amigas

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Dante adorava o seu quarto. Era um lugar mágico, cheio de livros de aventura e, o melhor de tudo, repleto de seus amigos de pelúcia. Havia a Coruja Sábia, de óculos redondos; o Urso Bravo, o mais fofinho e corajoso do grupo; e a Raposa Astuta, sempre com um plano genial.

Na noite de Halloween, uma névoa roxa e brilhante desceu sobre a cidade. Dante, olhando pela janela, viu vultos dançantes e ouviu risadas ao longe. Ele estava animado, mas um friozinho na barriga lhe dava voltas.

— Não se preocupe, Dante — disse a Coruja Sábia, pousando suavemente em seu ombro. — O medo é apenas uma sombra que a coragem ilumina.

— O que foi isso? — sussurrou ele.

Então, da janela entreaberta, uma voz cantarolante e arrepiante ecoou:

"Sombras dançam, ventos uivam, Os bichinhos macios... ASSOMBRAM!"

Dante olhou para seus amigos. Algo estava mudando. Os olhos de botão da Coruja Sábia brilharam com um leve tom esverdeado. O Urso Bravo soltou um rosno baixo, mostrando seus pequenos dentes de feltro. A Raposa Astuta escondeu-se atrás da cama, suas orelhas tremendo.

Eles estavam sendo "Assombrados pelo Espírito do Halloween"!

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— Coruja? Urso? — chamou Dante, com a voz um pouco trêmula. — São vocês?

— Claro que somos, Dante — disse a Coruja, num sussurro prolongado. — Mas a noite nos trousse uma coragem... diferente. Vamos brincar de "Perseguir a Vela"?

Antes que Dante respondesse, a Raposa Astuta, com os olhos arregalados, apontou para a porta. — A Escuridão Cuspinte! — gritou.

Da fresta debaixo da porta, uma sombra escura e fumegante começou a se derramar para dentro do quarto, como uma nuvem de tempestade. Ela não tinha forma, apenas engolia a luz e emitia um som de panelas queimadas.

Os bichos de pelúcia "assombrados" recuaram. O Espírito do Halloween os tinha tornado corajosos, mas aquela Escuridão era assustadora de verdade!

Foi então que Dante lembrou das palavras da Coruja. O medo era uma sombra. E ele tinha a sua coragem, e a de seus amigos, mesmo que um pouco diferente naquela noite.

— Não! — disse Dante, firmando os pés no chão. — Este é o NOSSO quarto. E nós não temos medo de sombras!

Inspirado, ele teve uma ideia.

— Coruja Sábia, use seus olhos brilhantes para iluminar o caminho!
—Urso Bravo, use seu rosno assustador para afugentá-la!
—Raposa Astuta, pense num jeito de prender essa escuridão!

A Coruja voou, projetando dois focos de luz verde que cortaram a sombra. O Urso Bravo avançou, rosando com toda a força de seu algodão, fazendo a Escuridão Cuspinte hesitar. E a Raposa Astuta, rápida como um raio, correu até a estante e derrubou um grande pote de vidro cheio de botões coloridos.

— Rápido, Dante! — gritou ela. — Use o pote!

Dante entendeu. Ele pegou o pote vazio e, com a Escuridão distraída pela luz e pelos rosnados, correu até ela e a prendeu lá dentro, tampando a abertura com um livro. A sombra fumegou por um instante e depois... PUF!... virou uma fumaça de algodão-doce que cheirava a bala de morango.

A luz do quarto acendeu de repente.

Os bichinhos de pelúcia piscaram. Seus olhos voltaram ao normal, e eles pareciam um pouco atordoados.

— O que aconteceu? — perguntou o Urso Bravo, bocejando. — Acho que tive um sonho muito estranho.

Dante sorriu, abraçando todos os seus amigos. Ele sabia a verdade.

— O que aconteceu — explicou ele, carinhosamente — é que enfrentamos o maior medo desta noite, juntos. O Espírito do Halloween só queria brincar, mas nós mostramos que, com coragem e trabalho em equipe, nenhuma escuridão é forte o suficiente.

Lá fora, a névoa roxa havia se dissipado, revelando uma lua linda e brilhante. Dante e seus amigos se aconchegaram na cama, sabendo que, mesmo na noite mais assustadora, a amizade é a luz mais poderosa de todas.

E, é claro, dividindo um saquinho de doces que Dante tinha guardado para a ocasião.

FIM.

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