A Descoberta do Campo Encantado
Dante, Cecília e Antônia eram inseparáveis. Todas as tardes, depois da aula, corriam no Campo das Borboletas Douradas, onde o vento assobiava canções e as árvores sussurravam segredos. Até que um dia, encontraram no parque um relógio misterioso:
Seu ponteiro era uma pétala de girassol;
Seus números, feitos de luzes de pirilampos.
Quando se aproximaram, ele anunciou: "Quem corre com alegria no coração, transforma passos em magia!"
E então... a primeira corrida mágica começou!
A Corrida das Estrelas Cadentes
O chão do parque virou um céu estrelado, e cada passo dos amigos deixava rastros luminosos. Dante, o mais veloz, quase saiu disparado, mas viu Antônia hesitar diante de um arco-íris estreito.
Cecília (gritando): "Espera! Vamos passar juntos!"
Dante (estendendo a mão): "Segura na minha, Antônia! Assim ninguém cai!"
Quando os três deram as mãos, suas pegadas viraram constelações em forma de coração. O relógio sorriu e disse: "Viram? Juntos, vocês não só correm... voam!"
E assim aprenderam a primeira lição: "Amizade é como chuva de meteoros – mais bonita quando compartilhada."
O Desafio da Grande Corrida do Céu Cor-de-Rosa
Uma semana depois, um cartaz cintilante apareceu na escola:
"CAMPEONATO DAS NUVENS VELOZES! Prêmio: Asas de Cristal!"
Os três amigos se inscreveram, mas algo mudou...
Dante treinava sozinho, querendo ser "o mais rápido do mundo".
Cecília só pensava em estratégias para vencer.
Antônia ficou triste, pois ninguém mais corria "só por diversão".
No dia da prova, o parque virou um circuito flutuante sobre nuvens, com obstáculos de algodão-doce e túneis de vento. Mas no meio da corrida...
Dante (escorregando): "Ai! Minha perna!"
Antônia (parando na hora): "Dante, você está bem?"
Cecília (olhando para trás, em conflito): "Mas... e o prêmio?"
Foi então que ouviram o relógio cantar novamente:
"Um troféu sozinho é frio como inverno, Mas amigos unidos são eternos!"
Os três se olharam e fizeram uma escolha:
Dante (levantando devagar): "Não quero asas se for sem vocês."
Cecília (sorrindo): "Então vamos terminar essa corrida do nosso jeito!"
De mãos dadas, atravessaram a linha de chegada por último, mas o público aplaudiu como se tivessem quebrado um recorde.
Enquanto a plateia aplaudia, *asas de cristal* brotaram nas costas dos três amigos
– mas só brilhavam quando estavam próximos.
O diretor da escola, emocionado, entregou a eles um único troféu: uma ampulheta cheia de pétalas coloridas, que nunca escoava.
"Esta é a verdadeira vitória", ele disse. "Guardem isso para lembrar que o tempo mais doce é aquele que vivemos com quem amamos."
E assim, Dante, Cecília e Antônia se tornaram os guardiões do Campo das Borboletas Douradas. Sempre que viam alguém brigando por uma competição, contavam sua história e convidavam todos a correrem juntos
– porque, no fim, a maior magia era transformar rivais em amigos.
A Canção do Relógio
Quando viu os amigos abraçados, o relógio entoou: "Tic-tac, tic-tac, O tempo não volta atrás. Mas guarda todo momento Que a gente vive em paz! Corram, dancem, voem juntos, Que a vida é bem melhor Quando a gente entende Que o amor é o maior tesouro!"
O Verdadeiro Prêmio
E além das asas de cristal prometidas que surgiram e só brilhavam quando estavam próximas. O diretor da escola, um senhor com chapéu de nuvem, lhes entregou também:
Um colar de pétala para Dante (que aquecia quando ele ajudava alguém);
Um diário de vento para Antônia (onde as páginas sussurravam histórias);
Uma luneta de estrelas para Cecília (que mostrava caminhos de cooperação).
"Agora vocês são os Guardiões do Campo", ele disse. "Ensine a todos que competir é bom... mas compartilhar é divino!"